À PEQUENA GRANDE IZABEL RIBEIRO PANZERA

Conheci Izabel após ingressar no Departamento do Rio de Janeiro da então Sociedade Teosófica Brasileira, quando ela, ainda solteira, trabalhava no Banco Londres, no centro da Cidade. Muito ativa, não recordo de alguma vez ter visto Izabel simplesmente olhando as nuvens… Diligente, era muito solicitada a fornecer dados sobre este ou aquele assunto abordado pelo Prof. Henrique, em suas Cartas, assim como muitos lhe pediam que indicasse em qual Dharana poderiam encontrar determinada matéria. Atenta às notícias de jornal, sempre que encontrava alguma notícia ou reportagem interessante, recortava, datava, criando assim pastas interessantes e versáteis. Ativa em pesquisar, dificilmente deixava de encontrar o que encarecidamente lhe pediam. Imbuída em criar a Biblioteca Esotérica da O.S.G., dedicou todo o seu tempo a organizar o valioso patrimônio dos escritos do Professor Henrique.

Quando a conheci, seu pai já era falecido, tempos depois faleceu a mãe, em seguida o irmão e por fim a irmã, esta quando Izabel já aposentada, residia em São Lourenço. Primeiramente Izabel residiu em casa alugada, sempre no Bairro Carioca, mas não era mesmo de ficar parada. Logo tratou de vender livros num espaço cedido a ela na Fundação Henrique, ajudando assim a própria Fundação, ao mesmo tempo em que criava uma biblioteca diversificada com os livros que adquiria, vendia e trocava. Biblioteca até hoje existente no último andar do mesmo prédio. Às vezes ia ao Rio de Janeiro visitar a irmã e sobrinhos. Nesse meio tempo casou-se com Hildebrando Panzera, viúvo aposentado residindo também em São Lourenço e discípulo da Obra. Extremamente ativa, um dia, em visita ao casal, achei muito engraçado Hildebrando queixar-se de que Izabel não sentava… O seu maior feito, porém e objeto de nossa homenagem, foi ela implantar em São Lourenço a Biblioteca Esotérica, até então inexistente e não da forma como se espera que seja uma biblioteca. Existiam muitas cartas arquivadas em pastas, mas literalmente coladas de cima a baixo em papel pardo, desses que se fazem pacotes. Como uma abelhinha-humana, Izabel pacientemente pôs de molho uma a uma dessas Cartas coladas até que do papel grosseiro naturalmente se desprendessem. Os volumes encadernados pelo habilidoso Irmão Octávio Boin, há um ano falecido, foram custeados por Izabel, nascendo desse cuidadoso trabalho mútuo a Biblioteca hoje conhecida, numa iniciativa que precisa ser valorizada. Acreditamos que a cola usada naquele tempo deva ter sido feita em casa e não industrializada como hoje acontece.
Atualmente Izabel está muito fragilizada pelo avanço da idade e porque está doente. Devidamente medicada, continua no mesmo quarto que há anos ocupa na Fundação Henrique José de Souza. Está sob os cuidados de três atendentes. A uma delas, de nome Rosylene, pedi que conseguisse uma foto antiga de Izabel para pôr no blog. Como não conseguiu, valeu-se de um encontro de Izabel com as Irmã Maria de Lourdes Nieri, outra notável obreira que se encontrava com suas filhas: Helena e Fátima e também Alcinia e Rosylene.

Izabel-Amigas
Este é o modo singelo de homenagear Izabel pelo muito que fez pela Obra do Eterno e continua a fazer com a sua presença entre nós. Dia 15 de julho deste ano completará 86 anos.

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Zélia Scorza Pires
São Lourenço, 29 de março de 2016

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