A Copa nos está dando a alegria de ver o renascer do amor pelo Brasil. Assim como o planeta é um ser vivo, seus órgãos internos devem então ser os países, e o Brasil andava mesmo precisando muito deste fervor, desta animação, desta alegria misturada com choro, ansiedade, frustração, mas também vitórias inesquecíveis. A alegria espontânea do povo brasileiro contamina os estrangeiros. É gostoso ver esta misturada de línguas que a habilidade do brasileiro consegue facilmente superar. Não fosse a não lendária Torre de Babel e todos nós falaríamos um só idioma. Talvez um dia isso aconteça. “Um só idioma, um só padrão monetário, uma frente única espiritualista”, lutou por isso o tempo todo o Venerando Mestre Henrique José de Souza.
O brasileiro é bom, pacífico, solidário, alegre, mas como todo ser humano tem também defeitos. Uma pequena minoria presente no estádio fez outro dia um papel muito feio, ao vaiar o hino nacional de um país amigo prestes a iniciar o jogo. O Brasil não merece esta mancha que logo se espalhou nos noticiários estrangeiros. Como anfitrião tem o dever de tratar bem aos que pelo amor ao futebol aqui vieram assistir e participar da Copa.
Se o Brasil foi ou não escolhido propositadamente para sediar a Copa, não importa. Nada se passa sem que do Alto haja aprovação… E se foi o Brasil o preferido para esse tipo de evento que mexe com o coração e a mente de tantos povos, é porque tinha de ser ele o Escolhido. Os Mundos Interiores, que a grande maioria desconhece e sequer acreditam que existem, são constituídos de várias cidades espalhadas em várias partes do planeta, mas no ciclo atual de evolução as mais evoluídas concentram-se no bojo das terras brasilienses. Assim como nós, seus pacíficos habitantes assistem os acontecimentos da Copa, e como bons anfitriões vibram para que tudo corra sem violência, seja qual for o resultado final, afim de que o Brasil não crie karma que possa trazer mais problemas ainda dos muitos que já existem.
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Zélia Scorza Pires
São Lourenço, 02.07.2014