Não apenas nos referimos ao fanatismo religioso, por sinal o pior de todos eles, mas ao fanatismo em todas as formas de se apresentar e que sempre é um desserviço, pois além de ser retrocesso provoca transtornos difíceis de serem contornados. De uns anos para cá os noticiários mostram a praga do fanatismo que cada vez mais se alastra. Pretensos julgadores da humanidade se atrevem a usar o Nome de Deus para humilhar e finalmente, num ato de barbarismo, pôr fim à vida dos que o destino infelizmente os faz cair em suas mãos. Nem mesmo crianças são respeitadas.
Fim de ciclo apodrecido e gasto, palavras proféticas muitas vezes repetidas pelo Professor Henrique José de Souza, há mais de meio século, e que no passado não tínhamos noção da realidade brutal que elas representam. E pensar que cada um de nós, por esse mundo afora, contribuiu para tornar o mundo assim tão pesado. Sim, cada pensamento, palavra ou ação de revolta, ódio, inconformismo, inveja, insatisfação, ciúme, indiferença, egoísmo, preguiça, repulsa, medo, horror, intolerância, e outros similares, todos têm, como tudo na vida, forma, cheiro, cor e vibração…
A Lei de afinidade faz com que tais formas, boas ou más atraiam outras semelhantes “criadas” em dimensões diferentes, que podem ser de dimensões superiores ou inferiores… Materialista como está o mundo, o resultado é o que diariamente assistimos e muitas vezes vivenciamos. Não há como nos queixar. Raras oportunidades são dadas às coisas relacionadas ao Espírito. Sem exceção, cada ser humano de alguma forma contribuiu para o mundo conflitante de hoje. Alimentadas diariamente, essas formas “criadas” com nossos atos, palavras, pensamentos e sentimentos, se agigantam e tornam-se tão poderosas, tornando-se impossível detê-las. Só o Amor as poderia transformar. Para não nos abatermos emocionalmente, tenhamos a esperança de que uma mudança radical de consciência, pelos menos vinda dos mais esclarecidos, possam tornar inócuas as deformações mentais que assolam o mundo de hoje. Quem sabe?
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Zélia Scorza Pires
São Lourenço, 16.12.2014