E PENSAR QUE…

   E pensar que a Voz interior é a Centelha Divina dentro de nós. Ao prestar atenção nela e escutá-la, a Felicidade alcança o indivíduo, sua conduta muda e ele transforma as tendências trazidas de encarnações passadas. Se negativas, essas tendências se transformam em positivas e se positivas, aprimora-as ainda mais.

E pensar que em passado bastante remoto vivia-se com saúde e alegria porque se escutava a Voz interior… Os Caminhos da Vida eram aplanados; obstáculos que hoje tornam a vida tão atribulada, nesse tempo tumular não existiam.

E pensar que nesses tempos imemoriais os Elementais alegremente contribuíam para os homens obterem fartas colheitas. A vida seguia seu ritmo harmonioso com os homens reconhecendo nos Construtores da Natureza colaboradores e habilidosos irmãozinhos. Vai tão longe esse tempo… Que tanto os Elementais quanto os Gigantes construtores de obras até hoje incompreendidas, ao se afastarem dos humanos, acabaram por cair no esquecimento, passando à personagens das lendárias histórias infantis.

E pensar que quando o desrespeito para com todas as formas de vida passou a vigorar no mundo, os Construtores da Natureza se afastaram de vez, não mais se deixando ver. Continuaram ajudando os homens, mas sem a alegria e o entusiasmo de antes. Desde então tudo mudou… As dificuldades no trato com a terra começaram a surgir. Secas e enchentes, antes desconhecidas, passaram a motivo de preocupação dos homens. Transformações geológicas das quais eles eram avisados com antecedência de anos, passou a ser motivo de temor. Esses nossos tão úteis amiguinhos, muitos já se divorciaram dos humanos; os que restaram é atribuída a eles a tarefa de destruir para uma nova reconstrução.

E pensar que desde então a Paz ficou no passado como uma coisa impossível, quando no entanto ela já existiu. A vaidade, que a tantos ídolos faz cair, fez o homem supor saber se conduzir sozinho, fazendo da vida uma teia complicada, difícil de ser desembaraçada.

E pensar que desde então pouca coisa mudou: o homem continua a explorar o seu semelhante. Os agrotóxicos, naquele tempo veneno inexistente, passaram a uso corriqueiro, envenenando a terra e o alimento que ela mesmo assim agonizante, ainda fornece. O desmatamento completa a destruição. A poluição alcançou mares, rios e córregos. Os animais, antes amigos dos homens, assumiram a ferocidade como forma de se protegerem. Rodeios, touradas, farra do boi, tudo que faz os animais sofrerem tem seu retorno. Grande é a ambição do homem; não vê que destruindo o mundo que o sustenta a si mesmo destrói.

E pensar que por não se conduzir dignamente, a destruição que o homem causa e que antes o retorno vinha mais lento, agora vem a galope. Não será fácil suportar…

E pensar que tudo isso se resolveria se o homem novamente ouvisse a Voz interior… Perdida por ele pela vaidade e ganância pelo poder.

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Zélia Scorza Pires

São Lourenço, MG, 03.08.2014

 

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