AKDORGE e MIKAEL

A Rena, cujos chifres ambos os sexos têm, sendo os do macho mais ornamentados, disse ter algo importante a dizer:

– Muitos confundem o Cavaleiro Akdorge com o Arcanjo Mikael, por ambos serem guerreiros. A diferença, ou melhor, a função de cada um é que é diferente:  Akdorge é Guerreiro Terrestre, porque representa a energia santa de Kandaline agindo como Justiça Terrena. Mikael é Guerreiro Celeste, porque representa a energia santa de Fohat agindo como Justiça Divina. É importante entender isto. Espero ter esclarecido.

– Esclareceu, sim, amiga Rena. Mas esqueceu do Cavaleiro Akgorge, qual a função dele? – perguntou a Coruja.

– “Nascido das entranhas da Terra”, Akgorge é o Cavaleiro da Cruz, trabalhando a favor do Bem. Daí o Arcanjo Salvador ter passado para ele o seu Báculo ou Bagueta Sacerdotal, pois Akgorge, além de ser sábio, oráculo, místico, e religioso, é também o Cavaleiro ideal para a função oculta e importantíssima que lhe cabe. Convém repisar o seguinte: O Arcanjo Salvador sempre exerceu os dois Poderes: o Espiritual, representado pelo Báculo ou Bagueta Sacerdotal, e o Temporal, representado pela Espada Flamígera ou Espada Cósmica.

– De que é feita a Espada Flamígera ou Espada Cósmica? – quis saber a Coruja.

– Foi forjada com um dos 777 Raios do Esplendor de JEHOVAH.

– É verdade que o Cavaleiro Akdorge é o mesmo Cavaleiro das Idades? – crocitou a Coruja.

– Sim. Akdorge “é o Guerreiro de todas as tradições, o Imperador e Chefe dos exércitos celestes, o próprio JEHOVAH” reinando com mais dois outros reis guerreiros. JEHOVAH, com seus dois reis guerreiros, “cavalgam cavalos alados, e estão a postos para o Dia da invasão angelical dos homens e cavalos alados” – avisou a Rena.

– Que dia será este? – indagou vindo sorrateiro, o Crocodilo.

– Um crocodilo!!! – correu apavorada a Galinha.

– Ué?! Mas não é encontro de bichos? O que estaria eu fazendo aqui? Traquilizem-se, estou de barriga cheia. Sou Crocodilo de palavra, quer dizer, acho que sou  Jacaré, sei lá, o que quero saber é que dia é este em que os Três Reis Guerreiros, “julgadores de uma raça que se finda para uma outra que começa”, virão para a invasão angelical. É só isso que quero saber.

– Não sabemos — respondeu a Rena tremendo mais que gelatina. E tem mais: “Do mesmo modo virá uma chuva terrível de Discos Voadores. Estão em preparo para acompanhar por cima o grande fenômeno. E então as religiões verão em sete nuvens de cores diferentes, a silhueta do seu DEUS, seja Ram, Krishna, Buda, Jesus, Moisés, mas também Orfeu executando uma música”.

– Nossa! – o Crocodilo até se surpreendeu. Como irá coroar tudo isso o TODO-PODEROSO?

– Ah, isso eu sei! — exclamou o Golfinho. Quer dizer, acho que sei. Até idealizei como será: “Um Olho aparecerá no Céu como sinal da vinda do Avatara e do final das coisas”. Esse Olho lançará chispas em sete direções cósmicas, espetáculo que causará temor às pessoas que tiverem a consciência pesada… Enquanto isso os Três Reis Guerreiros, em seus cavalos alados, estão contemplando as angústias do mundo, fazendo, ao mesmo tempo um trabalho de limpeza…

– Contemplando? – estranhou o Caititu. Como podem reis divinos contemplar as angústias de mundo? Que eu saiba, contemplar é apreciar com admiração e respeito!

– Tem razão, amigo Caititu – disse o Golfinho. Seria realmente estranho se eles fossem pessoas comuns, mas são Guerreiros Divinos com função punitiva… São os “solicitadores do Ciclo”, ou seja, o próprio Ciclo em decadência reclama a presença deles. Em seus cavalos alados estão vindo do Oriente para o Ocidente, abrindo com um toque mágico as embocaduras (passagens) e todos os orifícios da Terra que dão entrada para os Mundos Subterrâneos. Irão “provar aos homens que eles não são os únicos habitantes do Globo terrestre. Abrirão as cavernas e embocaduras, dando saída aos povos subterrâneos, os povos de Agartha, fazendo cumprir as profecias do Rei do Mundo, transmitidas aos homens através do valoroso Ferdinando Ossendowsky”.

– Oba! Vamos conhecer gente nova! – gritou o Caititu. Em que altura do mundo estarão eles agora? Saberia nos dizer, amigo Golfinho?

– Como vou saber? Mas devem estar mandando brasa, pois a função dos três é “arrancar as ervas daninhas que fazem germinar o mal”.

– Hum… Ervas daninhas… Só pode ser gente ruim – grunhiu o Caititu. Como serão os seus Cavalos alados?

– Quatro patas eu garanto! Mas também têm asas. Um é branco, e a armadura do Cavaleiro é de ferro. Outro é castanho, e armadura de prata. E o outro é negro, e a armadura é de ouro. A cor dos três cavalos faz lembrar a cor da pele dos Três Reis Magos que homenagearam Jesus quando era bebezinho: “o preto ou africano, o branco ou europeu, e o mulato ou amarelo, mongol”.

– Qual profecia do Rei do Mundo que o escritor Ossen, Ossen, pôs no livro que posteriormente escreveu? – engasgou-se com o nome do escritor, o Elefante.

– Ossendowsky! – corrigiu o Golfinho. “A profecia do Rei do Mundo é de 1890, e em 17 de maio de 1921, no Mosteiro de Urga, na Mongólia, o escritor Ferdinando Ossendowsky veio a conhecê-la”. Só lembro o final: “E… com a morte das nações, eu virei à frente de meu Povo, dos reinos subterrâneos da Agartha, para implantar uma Nova vida no Mundo”. Nessa mesma profecia, o Rei do Mundo diz que os piores (naquela época) ainda não haviam nascido… Isso dá o que pensar… Não me contradigam porque cada animal tem o seu grau de inteligência e o meu é bem avançado!

– Se as nações até agora não morreram, é sinal que o Rei do Mundo ainda não veio ou até mesmo desistiu – roncou o Caititu.

– Morte das nações, amigo Caititu, significa a decadência em que quase todas elas estão – ensinou o Golfinho.

– Fale mais sobre o escritor Ossen, Ossen — de novo engasgou-se com o nome o Elefante.

– Ossendowsky! “Um eleito de Deus”, um escritor russo que fugiu de seu país em 1920, por causa da Guerra Civil desencadeada em 1917. Após passar por muitas privações, Ossendowsky chegou à cidade de Urga, na Mongólia, onde esteve com os lamas (sacerdotes) daquele país, os quais passaram para ele lições primorosas, pois em Urga existem preciosos livros de sabedoria. Foi quando ele tomou conhecimento das profecias do mais santo e mais poderoso dos Homens: o Rei do Mundo. Ao retornar a sua terra natal, Ossensowsky escreveu um livro narrando suas atribulações e as profecias daquele excelso Ser.

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Trecho do livro de Adiel: “Quando deus É Feito Homem – Uma história contada pelos bichos”, Vol. 1 – Ver no site www.adiel.blog.br

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