PRECIOSOS ENSINAMENTOS DE HENRIQUE JOSÉ DE SOUZA – 1


 

Pitágoras aprendeu suas doutrinas nos santuários do Oriente, encobrindo-as com simbolismos numéricos; porém, seu discípulo Platão veio expô-las de forma mais inteligível, embora mantivesse ainda as fórmulas esotéricas*.

Nenhum desses grandes Mestres, conhecedores profundos dos mistérios da Vida, admitiu o acaso senão como um disparate.

O vago e irresponsável acaso é uma expressão de ignorância ingênua ou despeitada da superficialíssima mentalidade ocidental, diante de determinados fatos, que não logra explicar com os recursos, os métodos e os princípios positivistas da sua ciência materialista, míope e claudicante, porque assentada em bases de todo falsas.

O conceito de acaso é anticientífico e antifilosófico. Não há lugar para esse zero gratuito na maravilhosa aritmética em que está construída a Vida e onde tudo é pesado, medido e contado.

O que existe, sim, é uma Lei de Causalidade que a tudo rege e mantém o assombroso equilíbrio universal. Lei que, em sua última essência é a harmonia suprema, a própria Matemática transcendente, oculta ou divina, cujos princípios fundamentais são observados ciosa e piedosamente pelos Adeptos, no seio das Fraternidades Iniciáticas de todas as épocas e países, fora do alcance dos olhos irresponsáveis dos profanos egoístas.

(O Luzeiro, 1952, pg.43).

* Obs.- O Mestre quis dizer que Platão (427 a.C.) era discípulo de Pitágoras (570 a.C.) no sentido de que frequentara a Escola Pitagórica, tornando-se assim discípulo indireto do grande filósofo e matemático grego.

 



 

Na Idade de Ouro os homens estavam ligados por laços muito mais sólidos que os de hoje, e formavam verdadeiras organizações, com tarefas bem definidas, e viviam longamente, pois, possuíam organismos sadios e harmônicos. O conhecimento superior orientava todas as atividades dessa maravilhosa civilização. Foi ainda nessa era que apareceram os grandes legisladores, como o Manu Vaivasvata, na Índia, Hamurabi, na Babilônia e Menés, no Egito. Nessa Idade de Ouro, reinava a Eterna Primavera. Não havia pobreza e corrupção, os homens constituíam uma grande família que vivia na paz edênica. (O Luzeiro, 1952, pg. 4).

 



 

O grande místico hindu Shri Aurobindo teve ocasião de dizer em seu maravilhoso livro Aperçu et Pensèes, o seguinte: “Cada religião ajudou a Humanidade. O Paganismo aumentou no homem a luz da beleza, a largura e a altura da vida, a tendência para uma perfeição multiforme*. O Cristianismo deu-lhe uma visão de Caridade e Amor Divinos. O Budismo mostrou-lhe um nobre meio de ser mais Sábio, mais doce, mais puro. O Judaísmo e o Islamismo, como ser religiosamente fiel em ação, e zeloso na sua devoção por Deus. O Hinduísmo abriu-lhe as mais vastas e as mais profundas possibilidades espirituais. Seria uma grande coisa se todas essas visões de Deus pudessem se abraçar (a Frente Única Espiritualista, pela qual vimos batalhando) e se fundir uma na outra; porém, o dogma intelectual e o egoísmo cultural barram o caminho. Sim, todas as religiões salvaram um grande número de almas, mas nenhuma foi ainda capaz de espiritualizar a Humanidade. Para isso não é o culto e a crença o necessário, mas, um esforço contínuo, englobando tudo que seja de desenvolvimento espiritual próprio”.

*O mesmo Jesus, ao entrar num Templo anterior à sua missão (nesse caso “pagão”), dele expulsou os “vendilhões”, chamando-o de “Casa de meu Pai”, o que é um belo exemplo para a intolerância religiosa dos dias atuais. (O Luzeiro, 1952, pg.51).

 



 

O ciclo do Sol, começando em 1981 e terminando em 2016, encontrará o mundo nas mesmas condições do final da guerra de Tróia: ruínas, desolação, miséria, morte… Será, então, a hora hoje reclamada pelo grande “descobridor da lei da relatividade”, e por quantos trabalham a favor da Paz entre os povos da Terra… Em tal época a Paz, hoje por muitos almejada, mas pela maioria repudiada – sabem eles a razão… – se firmará na Terra. Ninguém duvide destas palavras, sob pena de morrer asfixiado nas suas próprias dúvidas e incertezas… Haverá, então, o GOVERNO ÚNICO, pela simples razão da sua origem divina. Os poucos que restarem, fatalmente acreditarão nas suas palavras… e recursos. Tal governo não possuirá nem cores, nem gestos, nem símbolos, porque nada disto terá mais razão de ser. Um Pavilhão de Alvura Imaculada será desfraldado sobre o mundo: o Pavilhão da Paz Universal, mas também do Amor, da Verdade e da Justiça.

Depois então de alguns anos dessa beatífica existência, e do mundo ter novamente florido, sob os transcendentais influxos dessa Era de Paz e de Felicidade, obterá como recompensa, a apoteótica e majestática Presença de um “Avatara Divino”, sob a influência de AQUARIUS. Sobre tal ERA, já muitos se têm pronunciado, mas de modo profano, e como tal, errôneo… Ela sobreviverá nos últimos anos do ciclo do SOL, isto é, no começo do século XXI. Os que se dizem “cristãos” (referimo-nos aos sinceros…) reconhecerão nesse Ser, Aquele que na cruz morreu pelo mundo, na mais dolorosa de todas as Tragédias… O mesmo acontecerá aos Adventistas que, a seu modo, O esperam nessa mesma época, chamando-a, entretanto, de “Juízo Final”, quando o “final” é apenas de um dos “ciclos em que é repartida a vida Universal”, assim como a uma certa elite de “espíritas” que sempre procuraram servi-Lo, servindo, ao mesmo tempo, àqueles que no mundo necessitam de proteção e afeto… O Oriente inteiro, por sua vez, O aclamará como Yeseus Krishna, ou como o próprio Gotama, o Buda. Mas, os verdadeiros Ocultistas e Teósofos, nele reconhecerão “o Espírito de Verdade”, o Sucessor do Manu, integrado na própria Divindade, como Pai, Filho e Espírito Santo, após ter lançado a “Semente” do Novo Ciclo, Aurora de Luz e de Esplendor que virá iluminar a face da Terra, depois de redimida das suas próprias faltas…

Esta “Era de Aquarius” – ouçam bem os que têm ouvidos para ouvir e vejam bem os que têm olhos para ver – também se chama “Era de Maitreia”. Foi por essa razão que sempre condenamos os falsos Messias e Profetas, do mesmo modo que os Movimentos cujo caráter não deixassem transparecer “os verdadeiros sinais do tempo”, e que por isso mesmo não estão em condições de falar em Nome do VERDADEIRO. E com isto: SPES MESSIS IN SEMINE. (O Luzeiro, 1953, pg. 95 – sob o pseudônimo de Laurentus).

 



 

Quando do bombardeio da Baía de Bikini*, de tão desastrosos efeitos para o mundo, aconteceu um fenômeno que até hoje a ciência oficial não explica, qual o dos enfermeiros e enfermeiras da Cruz Vermelha, ao tratarem, dias depois, dos que foram atingidos pelas vibrações, ou antes, circunvoluções atômicas, verem brotar em si, em lugares idênticos, e do mesmo tamanho, feridas iguais às das referidas vítimas. Fomos os únicos que revelaram a razão de ser do fenômeno: repercussões hiperfísicas produzidas na pele dos enfermeiros, por terem eles penetrado no ovo áurico ou ambiente das vítimas. Um cruzamento, digamos assim, entre os duplos etéricos de uns e outros. Que sabe a ciência oficial a respeito? Nada. Absolutamente nada. Pois bem, do mesmo mal está sofrendo agora, alguns anos depois (e principalmente pela continuação das experiências atômicas, em diversos lugares…), todo o Globo terrestre, porque tais circunvoluções, com o tempo, envolveram todo o seu ambiente ou ovo áurico. A Terra é um Ser vivo. E quem dentro dela comete desatinos idênticos, não passa de ignorante e perverso, porque, como seu habitante, não pode deixar de se fazer sua própria vítima. (* Obs. – Ilhas Marshall, país detonado pela bomba dos americanos).

Nem todo trabalho é eubiótico: o que desperdiça as faculdades, em vez de desenvolvê-las; o que esgota as forças além do reparável; o que não deixa uma sensação de prazer ou de felicidade não é um trabalho eubiótico, mas, disbiótico, isto é, contrário à vida, da qual não podemos dispor, como muitos julgam, ao nosso talante, se todos temos uma missão a cumprir na vida, do maior ao menor (donde: messe, missão, mas também messias no sentido puramente eubiótico, ou justamente da “missão” que – por força de Karma – lhe coube na vida…) alguns, até, de fazer o mundo sofrer com o seu desaparecimento.

A Instrução refere-se à Inteligência. E a Educação, à Emotividade. Uma Instrução que cansa, uma educação que oprime, não é eubiótica. Ademais, deve-se pôr a educação em condições de “cada um continuar a fazer o seu próprio aperfeiçoamento, mesmo depois de ter abandonado a tutela de seus mestres”. De nada vale uma didática que não inclua seu esforço tornando autodidáticos aos educandos (os Teósofos são mais que autodidáticos, por serem, “Téo-didáticos”); que não lhes ensine, também, a que, em sua obra de aperfeiçoamento próprio, “não devem perder de vista a felicidade”, pois esta, para aquele que não se acha anormalmente excitado ou deprimido, dá a medida justa do que é conveniente e legítimo; e que, reciprocamente, na conquista da felicidade, não esqueçam o melhoramento que sempre fica sacrificado disbioticamente quando se buscam falsas felicidades: a da preguiça, avareza, orgulho, vaidade e muito pior, o EGOÍSMO.

O pedagogo que inventou a máxima “Ensinar deleitando”, estava inspirado por uma tendência francamente eubiótica, embora que, de uma Eubiose empírica e, portanto, defeituosa. Esqueceu-se ele de juntar: deleitando e melhorando ao discípulo, pois, se tais deleites forem mórbidos, como por exemplo, os dos ensinamentos obscenos, ou de anedotas e outras coisas mais do mesmo gênero, tão ao gosto e paladar de muita gente, inclusive de idade avançada, e que nada têm de aperfeiçoamento, e sim, degradação do caráter, faltar-lhe-ia, portanto, duas das condições, sine qua non, que limitam e definem, com exatidão, um critério eubiótico, e que são, Perfeição e Felicidade. (O Luzeiro, 1953, Pg.103 e 104 – sob o pseudônimo de Lorenzo Paolo Domiciani).

 


DOMÍNIO, GUERRA, PESTE e FOME! Eis aí os Quatro Cavaleiros do Apocalipse. Ninguém os arruma dessa maneira, porque nem todos sabem o que eles verdadeiramente representam. Ouçamos, pois, os quatro:

DOMÍNIO: Em mim reside o desejo insopitável de dominar a tudo e a todos. E o veneno sutil que eu distilo por toda a parte, reside também em todas as criaturas. Somente os que alcançaram o último degrau da Evolução Humana, de mim ficaram isentos. E assim, procuram salvar os demais, quase sempre, inutilmente…

GUERRA: Como irmãos que somos, nascidos do Quaternário da Terra, a bem dizer, não temos pais. Cada um de nós o outro completa…

PESTE: Para que vos falar se vivendo estou convosco? A peste da doença física. A peste da doença moral, pois meu irmão que acaba de vos falar, já disse tudo: “degenerescência psíquica e fisiológica… Falência geral das coisas, por falta de Espiritualidade!”

FOME: Queres alimento? Banqueteia-te com o panem et circenses, que te oferecem os césares do ciclo decadente. “Um pedaço de pão pelo amor de Deus!” Devora uma partida de futebol, pois é o que hoje mais te alimenta. Queres carne? O carnaval ou vale a carne aí está para te encher a pança. A chuva não vem! Tudo seco como a humana consciência! A morte que se espalha por toda parte… Pobre povo do Nordeste! Mas também, hoje ou amanhã os que de fome morrerão por toda a parte. Só a fome da espiritualidade poderia, entretanto, abarrotar os celeiros do mundo!

Onde estão as sete espigas cheias. E as sete vacas gordas? Sumiram para sempre diante das sete espigas vazias e as sete vacas magras… Ouve a Voz da tua própria Consciência. Não dês ouvidos aos “Cães do Caminho”, porque estes ficam ladrando, e a “caravana passa”. Deus não está com aqueles que difamam, injuriam, caluniam, procurando a dissolução dos lares. Se encontrares uma tabuleta na porta de um Templo, que diga: TRABALHAR, AMAR E PERDOAR, eis a nossa divisa! Descalça-te e entra. Aí encontrarás o que te falta. Este conselho quem te dá é a própria FOME. Sim, a Fome do “Pão espiritual” que promove a abastança. (O Luzeiro, 1953, pg. 117/118).

 



 

Do mesmo modo que Lohengrin (Lohen, Lohan, Chohan, Sween, o Cisne, o Anjo, o Arcanjo, o Kumara) vinha do Monte Salvat ou Salvação, o rei ARTUS vinha da “Ilha de Avalon”, cujo termo – além do mais – faz lembrar o AVA de várias línguas antigas, vindo ter ao nosso TUPI, com o significado de “antepasssado”, e nosso próprio idioma, o de AVÔ, avoengo e outros mais.

O rei Artus, quando volta, também à sua Pátria secreta, e todo ferido da batalha que acabava de sustentar, diz, de dentro da sua barquinha, para o seu amigo (um dos Doze Cavaleiros da Távola Redonda) chamado Belovedye, com o significado de “Bela aurora”, “Belo dia”, que também se dá a AGARTHA. “Ó meu valente e bondoso amigo Belovedye, preciso andar ligeiro, antes que seja tarde, pois tenho que alcançar o meu País antes que anoiteça. Ali é a Terra onde não chove, não cai granizo, ninguém adoece, muito menos, morre…” E assim falando, tal como LOHENGRIN, desapareceu, como se fora o próprio Sol ao deitar-se no Ocidente, deixando a Terra viúva da sua Luminosidade… Assim acontece com os Homens dessa estirpe, quando desaparecem da face da terra. Não ficou escuro o momento em que Jesus exalou o último suspiro? Raios, coriscos, trovões emprestavam àquele doloroso quadro o tom severo da Censura de Deus, contra a morte de Seu Filho! (O Luzeiro, 1953, pg. 131).

 



 

Ninguém ignora que nosso mundo físico é construído sobre três dimensões: altura, largura e comprimento, mas que sendo TRÊS já denota haver uma quarta coisa. Chamemo-la de CRUZ ou PRAMANTHA, pois que, aparentemente fixa, no entanto, está sempre em MOVIMENTO. Nesse caso, vemos aí a QUADRATURA DO CÍRCULO. Nosso próprio TEMPLO em São Lourenço obedece à semelhante feitio: é quadrado por fora, e circular por dentro…

As quarta, quinta, sexta e sétima dimensões – ligadas todas elas às precedentes – constituem os mundos superiores de quatro dimensões (astral), de cinco (mental), de seis (espiritual) etc., não podendo ser representadas por meio de figuras em nosso espaço, pelo que nossos sentidos não as pode perceber. E nosso cérebro, que possui as três dimensões da matéria física (à parte o que de secreto nele existe – inclusive, a hipófise em relação à alma, e a epífise, ao espírito…), por sua vez, é incapaz de as conceber.

Ensina, portanto, a Teosofia, para não chamar de EUBIOSE, que pela primeira vez apresentamos ao domínio público, que no mundo físico – base do Universo Visível e Invisível – se reflete todo esse Universo, sendo, portanto, lógico, que se possa ter a esperança de descobrir, com auxílio do raciocínio (ou Budhi, plano da Intuição etc.), em substituição aos sentidos, esse reflexo, esse EMBRIÃO DAS DIMENSÕES superiores, dessa “quarta dimensão” que tanto nos intriga, por escapar, justamente, aos nossos sentidos físicos. (O Luzeiro, 1953, pg. 137/138).

 



 

Para aqueles que lêem, mas não compreendem, por suas próprias vidas absorverem as formas sensoriais da sua própria Individualidade – termo este que difere do de Personalidade (…), mesmo que irrefutáveis nossos Documentos, é provável que não sejam eles bastantes. (…) Desse modo, não é para esses semelhante trabalho. E sim, para os devotados às coisas do Espírito, pois só estes nos podem compreender… Só estes são capazes de conservar na Mente e no Coração a Santidade e Pureza de nossas Palavras, como o maior de todos os Tesouros que lhes poderemos oferecer na hora final de um ciclo, onde todas as criaturas têm o dever de fazer a devida escolha entre o Bem e o Mal, ou seja, os Dois Caminhos da Divina Comédia de Dante: o da diritta (ou direita) para o Paraíso Celeste ou Divina Escolha) e o da smarrita (ou esquerda), para o Paraíso Infernal ou da material ou “infernal” escolha, sobre cujo Portal se liam as ameaçadoras palavras: Lasciate ogni speranza o voi ch´entrate.

Apresentemos, pois, os nossos insofismáveis Documentos que atestam a nossa Missão Y:

Comecemos pela sibilina Profecia da SERRA DE SINTRA. Que por estarem gastas pela ruína do tempo, algumas palavras, no entanto, são fáceis de serem completadas:

“Sib….. Vaticin…..Occidiis…..

Volventur saxa litteris et ordine rectis

Cum videris Oriens, Occidens opes

Ganges Indus erit mirabilis visu

Messis… commutabit sua uterque sibi…

 

Tradução completa:

Patente me farei aos do Ocidente

Quando a porta se abrir lá do Oriente.

Será cousa pasmosa quando o Indo,

Quando o Ganges trocar, segundo vejo

Seus espirituais efeitos com o Tejo.

 

Helena Petrovna Blvatasky teve ocasião de dizer na introdução da sua Doutrina Secreta, que “um outro virá do Oriente, no começo do século XX para completar aquilo que a mim mesmo não foi dado realizar”. A tradução, entretanto, que fizeram das suas palavras, embora dizendo a mesma cousa, não interpretou o sentido integral do que a mesma teve ocasião de dizer.

Por sua vez o Conde de S. Germano quando da sua última aparição na Terra (perdoe-se a linguagem…), ao referir-se ao “Fim de ciclo para começo de outro”, teve estas palavras:

“É o gradual decreto dos tempos; o prenúncio do fim do ciclo… Vejo-o claramente. Astrônomos e historiadores nada sabem. Deviam ter estudado, como eu nas Pirâmides. Muito há ali para se aprender; já não falo das profecias que elas trazem em seu seio… No fim do século (sic), desaparecerei do OCIDENTE, para volver no começo do outro, do ORIENTE. Esta será minha NOVA OBRA!”

Dito isto, os dois discípulos do Conde deixaram por alguns momentos a estância, bastante comovidos com aquelas misteriosas palavras… Então, repentinamente, começou a chover e a trovejar, como se a abóbada celeste quisesse vir abaixo…! Quando os dois discípulos voltaram ao laboratório para se recolherem da chuva, o Mestre havia desaparecido. (O Luzeiro, 1953, pg. 11).

 



 

Raciocinemos um pouco com Colombo: a Terra não podia ser esférica, nem ter os movimentos que se lhe atribuía, se possuísse apenas quatro continentes, como se conhecia naquela época. Com quatro continentes, teria a forma OVAL e não esférica. Que fez ele, e ninguém o compreendeu até hoje: tomou de um ovo, machucando a ponta mais fina para “que ele ficasse de pé…” Esta é a lenda, e prevalece como metade do mistério. A outra metade é: machucada a ponta mais fina do OVO, este tomou a forma esférica, ou de uma BOLA…

Eis a questão! De qualquer modo o termo “ovo de Colombo” ficou até hoje para ser dito àqueles que de tudo duvidam “sem conhecimento de causa”, como agora mesmo pode acontecer com algum “cabeçudo” que ouse refutar semelhantes Documentos a favor da Missão em que estamos empenhados… (O Luzeiro, 1953 pg.14).

 



 

A Virgem Maria ou Mãe Divina, como a chamam os orientais, é uma representação do Espírito Santo, em forma de POMBA, mas também, de Fogo, haja vista, no Dia de Pentecostes, Ele se manifestar “em forma de línguas de Fogo” sobre os Apóstolos, e no mesmo instante eles começarem a falar uma língua estranha, isto é, a língua sagrada dos Deuses, pois, em verdade, é a da Sabedoria Divina ou Teosofia. Não é isso o excelso DOM DA INTELIGÊNCIA?

Por sua vez, “entrar em êxtase” (no Ocidente) é o mesmo que “entrar em Samadhi (no Oriente), como Oitavo passo da Ioga de Patanjali. Tanto vale dizer: entrar em comunhão mental com a própria Divindade.

(O Luzeiro, 1953, pg. 20).

 



 

Para nós, a melhor de todas as Iogas é aquela apregoada pelo próprio Gotama: “Uma mente iluminada, é maior do que um anjo e um deus…” Portanto, só exercitando cada um a sua mente por meio do estudo, harmonizando com um caráter elevado, verá um dia seu Ego libertar-se das “ilusões do mundo terreno”.

Nós – Teósofos ou “livres pensadores”, não podemos comungar com religião alguma positiva, seja hinduísmo, budismo, brahmanismo, cristianismo, protestantismo ou outra qualquer, porquanto o “nosso único dogma” é o da Fraternidade Humana – sem distinção de raça, credo, sexo, casta ou cor e o nosso único e Supremo Mestre dos Mestres é o nosso Eu-Divino, nosso Espírito, cuja voz é a da Consciência emancipada e livre.

(O Luzeiro, 1953, pg. 28).

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Contribuição de Zélia Scorza Pires
São Lourenço, 24.08.2015

 

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