A CREMAÇÃO DOS MORTOS

 O Livro do Juízo Final, de Roselis Von Saas

1ª edição 1969

Páginas 351/352

Hoje, há um grande número de pessoas na Terra, principalmente nas superpovoadas metrópoles, que recomendam a cremação dos mortos. Outras, por sua vez, têm receio de tal espécie de funeral, por motivos que elas mesmas desconhecem. O receio disso é mais do que justificado.

Nas cremações, realizadas num prazo que varia de um a três dias após a morte terrena, as almas sentem ardentes dores em seus corpos de matéria fina, pois os delicados fios de ligação ainda existentes entre o corpo e a alma constituem bons condutores.

         Nos sepultamentos ou outros tipos de funerais, onde os corpos permanecem intactos, as almas que esperam ao lado dos corpos nada sentem além de algumas dores nas juntas. Pois quando o processo de decomposição, propriamente dito, se inicia, os fios de ligação já estão tão quebradiços que, além dessas dores nas juntas, quase nada sentem. De modo diferente ocorre, naturalmente, com aquelas criaturas que se atam tão fortemente à matéria, que têm de sofrer todo o processo de decomposição. Nesses casos os fios de ligação acham-se tão firmes, que, até a desintegração total dos corpos terrenos, ainda constituem bons condutores.

         Os seres humanos, que nos tempos de outrora estavam ligados à luz, sabiam que as almas, durante vinte e quatro horas depois da morte de seus corpos terrenos, ainda sentiam tudo que lhes atingia. Por esse motivo foi introduzido o velório. Os que velavam, geralmente sacerdotes, deviam proteger os corpos mortos de todas e quaisquer perturbações, para que não fosse causado nenhum sofrimento às “almas”.

         A fim de que não surja nenhum mal entendido, mencionaremos mais uma vez que apenas espíritos ligados à luz separam-se completamente de seus corpos terrenos nas vinte e quatro horas após a morte. Para todos os outros, conforme já foi dito, anteriormente, o tempo de desligamento tornou-se muito mais longo. Enquanto as almas humanas estão ligadas a seus corpos terrenos por meio de delicados fios, ainda podem, embora parcialmente, reconhecer o que se passa ao seu redor na matéria grosseira, contudo, jamais poderão emitir mensagens aos sobreviventes ou manifestar-se de qualquer outra forma. A morte terrena é o nascimento da alma no mundo de matéria fina. A alma recém-nascida, durante os primeiros tempos depois da morte terrena, é identicamente desajeitada, como uma criança recém-nascida é na Terra.

         Manifestação junto ao leito de morte de um falecido nunca provém do próprio falecido. Geralmente, aí se trata de almas presas à Terra que se utilizam dos fios de transmissão, ainda existentes do falecido, para então se manifestar. E poderão aproximar-se somente quando existe alguma ligação com o falecido.

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Roselis Von Saas (1906/1997), nascida na Áustria, passou a infância na Europa, onde realizou seus estudos. Ainda jovem veio para o Brasil, fixando sua residência nos arredores de São Paulo.

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